Quando imaginamos ter virado uma página de nossa história, esta volta, artificialmente revivida, para nos assombrar.
Este governo imbecil lança agora um livro como uma "versão oficial" sobre a ditadura e as torturas sofridas pelos inimigos do Brasil, desculpem "defensores da liberdade" (como eles gostam de se imaginar.
Não estou aqui para defender a censura, nem o totalitarismo, muito menos a tortura, pois estes são os métodos dos dois lados.
Acho que, por mais abominável que o comportamento do regime de 64 tenha sido, a ditadura deva assumir seu lugar nos livros de história e por lá ficar. Como o governo Vargas também. Relembrar estes fatos para campanha eleitoral - e é só esta a intenção por trás deste assunto - é não poder levar outras realizações para o palanque de 2008 e 2010.
No final das contas, ter lutado contra o regime militar, virou ganha pão, pensões vitalícias, indenizações milionárias e espaço na televisão a cada dois anos para se apresentar como toturado.
É hora do brasileiro olhar para frente, deixar este período negro como referência para que não aconteça outra vez e trabalhar para que este país entre no rumo.
Mesmo porque, se analisarmos friamente o que aconteceu com os principais protagonistas daquela época, veremos famílias de presidentes miltares em dificuldades financeira, enquanto os pobres toturados se refestelam regados à Romaée Conti, enquanto são processados por formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, e etc.
Aí o perigo e começar a acreditar que os militares tinham razão sobre esta gente...
sábado, setembro 01, 2007
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Um comentário:
No Post "Passado a ser esquecido" só não posso concordar é com a conclusão:"Aí o perigo e começar a acreditar que os militares tinham razão sobre esta gente..."
O verdadeiro perigo é persistir em não acreditar. É claro, cristalino, gritante, que os milicos estavam cheios, repletos, encharcados de razão. A canalhada é tudo aquilo e muito mais. Quem duvidar só tem que esperar para ver que eles ainda nem chegaram perto do fundo do saco de maldades e canalhices de que são capazes. Se os fatos não falam por si (ou falam, mas não são ouvidos), então não adianta explicar.
É claro que isso não significa endossar os métodos ou as atitudes a adotar contra eles. Por exemplo, não é preciso concordar, nem pleitar que se aplique, digamos, o preceito islâmico de cortar a machadadas as mãos dos 'quadrilheiros", 'mensaleiros' e outros 'heróis da democracia' para dar razão a quem os qualifica como o que realmente são, certo?
Então, nosso dever de honestidade é seguir discordando da ditadura, sem perder oportunidades de proclamar que os militares tinham toda razão quanto a essa gente (se é que são gente).
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