quinta-feira, outubro 26, 2006

O PROBLEMA É A IDEOLOGIA BARATA

Esta eleição serviu para muitas coisas, mas o principal delas foi mostrar que o Brasil, independente do vencedor desta eleição, caminha a passos largos para o desastre no longo prazo.

É issso mesmo caro leitor, o país do futuro tem apenas um horizonte pela frente. Integrar a grande massa de países coadjuvantes no cenário mundial. Colecionando pelo caminho um impressionante con junto de números negativos e oportunidades perdidas.

"Pára com isto, carl!!!" grita o leitor enfurecido com meu pessimismo, "Você sempre foi um dos acreditaram que o país tem jeito, por que isto agora?".

Ora, caro leitor, é simples. Assisti nas últimas duas semanas um presidente cretino vociferando contra seu adversário as maiores barbaridades e, para minha surpresa, além de encontrar a população receptiva a estes dircursos, vi o outro candidato, também cretino, defendendo-se dos argumentos propostos.

Foquemos as privatizações por exemplo. Por que não privatizar? Por que Alckmin teve de se defender de uma das poucas coisas boas que os tucanos fizeram no poder? Por que NINGUÉM, e repito, NINGUÉM levantou-se a defender as privatizações?

Esta semana a Vale do Rio Doce se tornou a segunda maior mineradora do mundo. De um cabide de empregos deficitário para uma companhia agressiva, lucrativa e eficiente. Distribuindo sua riqueza entre milhares de acionistas que investiram suas economias e agora colherão os frutos do capitalismo. Que dizem os canalhas, que rifamos a riqueza nacional, que entregamos nosso patrimônio e esta pujança da mineradora poderia estar nas mãos dos brasileiros e não dos empresários canalhas e especuladores.

A CSN percorre o mesmo caminho, de prejuízos ao lucro pelo simples fato de se ver livre do elefante estatal. Esperem os mesmos argumentos. Como se, desde que foi fundada, a CSN tenha sido um modelo de gestão e lucros.

Meu pessimismo caro leitor, vem do fato de ver nos partidos políticos a velha e rançosa mentalidade que faz de gente como Heloísa Helena, José Dirceu, Aldo Rebelo e cia limitada, dinossauros polítcos. O pensamento alienado da esquerda falida, da estatização, do controle da sociedade é pensamento corrente nos corredores de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e todas as outras cidades brasileiras, homogenizando a imbecilidade, do PSoL ao PFL.

Nossos governantes tem vergonha da iniciativa privada, nosso políticos tem medo de defender a redução do tamanho do estado, nossa "elite" política ainda vive na era do desenvolvimento patrocinado pelo estado, como se Getúlio Vargas fosse o último homem pensante na face da terra e todas as teorias discordantes inválidas.

O sintoma disto é a vergonha da privatização realizada por FHC. Como se tivéssemos telefones em abundância, estradas de excelente qualidade, hospitais funcionando, ensino básico, estatais eficientes e lucrativas.

Quer saber caro leitor, se você não defendeu a privatização nestas duas últimas semanas, você é igualzinho a eles, provavelmente merecedor do que virá se as pesquisas se confirmarem.

Um comentário:

Luís Ricardo disse...

Bem, desse seu último parágrafo estou inocente, mas vou sofrer as mesmas conseqüências...
A nossa sociedade afaga a estatização porque acostumou-se a esperar tudo do Estado, como se esse fosse uma fonte infinita de recursos. Num país onde a grande massa da população não tem noção que paga impostos, por causa da tributação indireta (tem gente que pensa que só existem o IR, a CPMF, o IPTU e o IPVA - tudo coisa que "só rico paga"), se vê o governo como uma "Galinha dos Ovos de Ouro", onde o ouro aparece não se sabe de onde.
Para essa ótica distorcida, privatizae é "entregar o ouro ao bandido".
Um abraço.