Parece uma loucura, mas todas, sim caro leitor, todas as pessoas com quem conversei nestas duas semanas sabiam o que faziam às 10 da manhã no dia 11 de setembro de 2001.
A violência a que o mundo foi submetido deixou marcas em todos nós. Um único imbecil alucinado, um maluco que vive nas montanhas de uma das mais inóspitas regiões do mundo conseguiu, com sua violência cega e injustificada, marcar alguns milhões (ou bilhões) de pessoas. Deixando em todas a cicatriz do medo do inexplicável.
No que resultaram os atentados?
Em nada, apenas saciaram a sede se sangue dos envolvidos, levando dor e sofrimento para aqueles que foram pegos pelos efeitos da tempestade. Seja num horrível monstro de aço e concreto em chamas em Nova York, seja nas montanhas e campos de papoulas no Ú do mundo ou numa rua suja no meio do Iraque.
O mundo mudou muito nestes cinco anos, passamos muito tempo ligados, conexões de banda larga, TV digital, duas copas do mundo, uma olimpíada, Voip, blogs, flogs, podcasts, I-pod, MSN, Orkut, O Senhor dos Anéis e tanta coisas boas que mereceriam ser comemoradas.
Mas ainda temos medo de, no meio de milhares de vôos que decolam todos os dias no planeta, estarmos na hora errada, dentro, ou no caminho, de um daqueles quatro aviões errados.
Cinco anos que estamos chorando por 3 mil pessoas, mesmo sabendo que outras 250 mil morreram nas estradas brasileiras sem que se mova um palha por elas.
Céus, Como o ser humano é pequeno e limitado.
Nota de esclarecimento: Não estou fazendo pouco pelas pessoas mortas em 11/09, nem de suas famílias, sou absolutamente solidário com elas. Mas, como elas, há muitas outras. Que merecem nossa atenção também.
segunda-feira, setembro 11, 2006
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